Tuesday, February 27, 2007

Das horas

Se tantos momentos passam despercebidos, se tantas coisas não lembramos, quantas horas de vida sobram no final?

Friday, February 16, 2007

Da canção do exílio facilitada

Sabem aquele poeminha que todo mundo lê na escola? Aquele de Gonçalves Dias: "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...". A canção do exílio! Lembraram? O poema é lindo, mas existe uma versão mais prática e divertida:

Lá?
Ah!

Sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá...

Cá?
Bah!

José Paulo Paes

Monday, February 05, 2007

Da mainha, o retorno

Sabem a história do pardalzinho que narrei dois textos abaixo? Pois é. Depois de 31 dias em Recife chego na casa do aconchego em BH louca para repartir as lembranças que achei na minha cidade natal. Tinha histórias e pedaços de recordações concretas! Virei pra minha mãe:
-Tu lembra do pardalzinho que a gente achou no jardim em Londres e...
-O pardalzinho que o gato comeu? - perguntou ela de olhos arregalados
-O gato comeu, mainha?
-É, aquele gato que ficava entrando lá em casa. O pardal tava paradinho e ele NHAC! De uma vez só...
-Ai... sério?
-Sério... o que tem ele?
-Ah... não sei mais nada. Tô com pena do pardalzinho...
Falando nisso...
Quando estávamos em Londres, eu com 4 anos, minha mãe costumava me contar histórias antes de eu dormir. Um dia ela inventou de me contar "A pequena Sereia". Só que, na versão da Disney, a pequena Sereia vira gente e termina com o príncipe. Na versão da minha mãe, a pequena sereia perde a língua, a voz, o príncipe e ainda vira espuma. Pode ter uma história mais de terror?????? Quando ela terminou eu berrava e soluçava:
-Mainha... hic hic... ela ainda vira espuma, mainha?
Não lembro o que ela respondeu. Só faltava dizer que o gato que comeu o pardalzinho também comeu a língua da pequena sereia.
Essa mainha não existe...!!! O único defeito é que ela fuma cigarro de menta... :)

Friday, February 02, 2007

Do pôr do sol no Capibaribe, minha Tati

Eita Recife dos aperreios
Dá medo de não voltar pra casa
Além de outros tormentos e sentimentos sem graça
Mas a gente sempre volta
Porque lá dentro... dentro, dentro
Tem uma risada solta
Um comentário jocoso
Uma grosseria bem bolada
É Tati danada
Que bota a gente dentro de uma piada engraçada