sem paixão, nem um chicabom...
Nelson Rodrigues
Tuesday, March 24, 2009
Monday, March 23, 2009
Monday, March 09, 2009
Do calafrio
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
do bem que ele me faz
(O meu amor - Chico Buarque)
Adoro essa música e como ela descreve os sentidos!
Salve Chico!
E que me deixa louca
quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
do bem que ele me faz
(O meu amor - Chico Buarque)
Adoro essa música e como ela descreve os sentidos!
Salve Chico!
Monday, March 02, 2009
Da conquista
Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. Então fique comigo quando eu chorar, combinado? Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica, mas cozinhe. Aprecie os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate, mas de boteco. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. Goste de futebol e discuta comigo se torcemos para times diferentes. Não invente de querer muitos filhos, me carregar para a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... me esqueça... ou experimente me amar!
(Texto de Martha Medeiros levemente alterado para atender às minhas preferências)
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