Eu e Martha Medeiros em BH!
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É sempre a mesma coisa. Quando reencontro meus amigos e professores do mestrado no buteco, a conversa continua a mesma da sala de aula. Estávamos numa mesa de bar comemorando a defesa da minha dissertação de mestrado em estudos literários. Vindas do meu lado esquerdo, eu pescava conversas sobre assuntos gerais. Do lado direito, só ouvia literatura para cá, literatura para lá. Discussões literárias, autores literários, teóricos da literatura! O ruidinho literário da direita era emitido pelo recém mestre Pablo e o Prof. André que não cansam de "literatetear". Virei-me interrompendo:
-Gente, chega né? Vamos falar de amenidades, por favor.
- Tá bom. Amenidades.
[Silêncio-sepulcral-constrangedor do lado direito da mesa]
Bom, me conformei que pedi demais e deixei os dois para lá. Fui fofocar com minha amiga do lado esquerdo (do peito) que não via há seis meses. Pausa na fofoca (...) escuto o nome "Martha Medeiros" e o prof. André descendo a lenha. Para quem não sabe, sou fã da escritora gaúcha Martha Medeiros e o nome do meu blog é o mesmo de uma das crônicas dela. Voltei-me pro lado direito e entrei na discussão. Eu defendia a Martha, André replicava. No meio do furdunço, minha amiga da esquerda me interrompeu com um novo babado. Encerrados os comentários em torno do bafão, estiquei logo o ouvido esquerdo para o lado direito da mesa. A conversa já estava em Duras e mais uma penca de escritores franceses. Apelei:
-Ah, não! Literatura de novo???
- Não, Patrícia. Antes estávamos falando de Martha Medeiros. Agora é que começamos a falar de LI-TE-RA-TU-RA! - respondeu, triunfante, o professor André
Tive que engolir seco o vinho que já era seco. Não veio resposta. Tá bom, vai... a tirada dele foi genial.
Mas André, você me paga! Já estou elaborando uma piadinha aqui sobre o Camus.
12 comments:
AMIGA DO PEITO TU TAMBÉM!
Parabéns pelo título, mestra! he
Espero nao demorar mais 6 meses pra ver você.
Sucesso, amante de Martha (as gaúchas são maravilhosas-hahaha foi proposital).
beijos
Sabina é duro quando a gente quer um papo leve e alguém mantém o nível intelectual mesmo após o terceiro gole...rs
Te compreendo e te sou solidária!
Mas cá pra nós, literatura é muito bom!
P.S. Não curto muito as gauchas mas a Marta é show!
Beijão!
auhauhUHAUHuhauh...
Adorei o "bafão" !!!
Eu adoro sentar num bar com vc, sabia?
Sempre me acrescenta algo =)
Sempre conversas inteligentes!!
AmoOoOo butecar com Sabina insustentável !!!!
=)
Desculpa, é que eu tava na água mineral... Hehehehe...
"Nem tudo que reluz é ouro", já dizia um sábio chinês.
Parabéns pelo título! Finalmente agora vai poder deixar um pouco a literatura e voltar a ler a martha, a zíbia, a luft, o coelho... hehehehe... "brincadeirinha!". Bjo
Oiieeee,bom dia.Tô visitando teu blog e gostei muito.Posso seguir?Abração pra você.
Uma graça seus escritos, querida Sabina Insustentável. Eu também adoro saborear as crônicas da Martha. e "bafão" também é ótimo e foi muito bem colocado. Adorei sua explanação.
Beijos. Manoel.
Oi,
Encontrei seu blog na comunidade do orkut. E gostei!
Eu tambem gosto da Martha. Ganhei um livro dela de aniversario, presente de uma tia.
Algumas pessoas acham que e facil arranhar no papel algumas ideias,transcrever o cotidiano com olhar afiado...
Deviam tentar fazer esse exercicio de percepcao...ao inves de subestimar o trabalho dela...(desculpa a falta de acento, to usando um teclado ingles)
: )
Literatura encanta
e vc também hehehe
bjo
e sucesso.
eu nunca ouvi falar dessa marta medeiros...ignorancia minha...
parabens pelo blog viu
Nossa eu também gosto da Martha Medeiros... Não vejo problema algum nisso.
Esses pseudosintelectuais...
Obrigada pela visita.
Beijosss
huahuahua
é tão bom amizades assim,num é??
muito bom teu blog e teus textos...
vou ler mais alguns
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros
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